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The Oz:

Um sonhador lúcido por natureza, eu caminho pelas ruas em constante devaneio. Olho a vida ao meu redor com os olhos de Will Eisner e a sensibilidade das histórias de Neil Gaiman. Alguém já me disse que sou o último dos românticos. De alma transparente, de coração ingênuo, calado e meio ermitão, talvez um dia eu me torne uma daquelas figuras mitológicas que dizem andar pelas ruas das cidades cinzas, mas que ninguém nunca viu. No fundo sou só um cara normal, com Orkut e amigos pseudo-malucos. Nada demais. No fundo, somos todos normais, mesmo com a esquisitice em moda.



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Echo

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A Felicidade Não Se Compra

No filme de 1946 que tem o título acima, o otimista Frank Capra nos conta a história de um homem que quer se matar, mas é convencido por um anjo da guarda de que a vida de muitas pessoas seria muito pior se ele não tivesse existido. Apesar do modelo "filme de natal" americano e até mio bobinho, eu adoro esse filme e choro quase sempre que o vejo. Ultimamente eu ando chorando até com comercial de margarina. Aliás, a moda de comerciais com filosofias sobre a felicidade vem me dando trabalho. Margarina, banco, até supermercado estão vendendo idéias de felicidade que não se compra, associadas a seus produtos. "O que faz você feliz?" E aí você começar a se sentir um lixo por não fazer parte do "sonho brasileiro" da classe média. Não consegue sentir amor de ninguém e percebe que tem sido um problema para aqueles que ama.
Eu gostaria de me sentir como James Stewart e perceber como sou importante na vida dessas pessoas e como ajudo elas a viverem melhor, mas não consigo ver isso. Tudo que quero é fica sozinho, longe. O que me parece bem egoísta, eu sei. Até porque, quando a gente some (ou morre), acaba descobrindo que aquelas pessoas gostam mais da gente do que a gente pensa e que é parte do exercício do amor deles conviver com nossa personalidade desequilibrada, muitas vezes sem reclamar - exceto em momentos de desabafo - e alguns deles até entendem que não somos pessoas de comercial de tv ou filme americano.
Talvez devessemos parar de ser tão exigentes consigo mesmo e esperar o silêncio passar. Afinal, temos altos e baixos e (atenção! frase infame de auto-ajuda!) se hoje estamos pra baixo, amanhã talvez estejamos melhores. E eles estarão lá, prontos para nos abraçar, sorrir e dizer, bem vindo de volta. Mesmo que ninguém esteja filmando.

postado por The Oz às 11:06