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The Oz:

Um sonhador lúcido por natureza, eu caminho pelas ruas em constante devaneio. Olho a vida ao meu redor com os olhos de Will Eisner e a sensibilidade das histórias de Neil Gaiman. Alguém já me disse que sou o último dos românticos. De alma transparente, de coração ingênuo, calado e meio ermitão, talvez um dia eu me torne uma daquelas figuras mitológicas que dizem andar pelas ruas das cidades cinzas, mas que ninguém nunca viu. No fundo sou só um cara normal, com Orkut e amigos pseudo-malucos. Nada demais. No fundo, somos todos normais, mesmo com a esquisitice em moda.



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Echo

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Fragmento de Sonhos (Primeiro de Muitos)

Alguma coisa acontece na sala de aula em que eu estava. Engraçado... Lembro que eu era eu mesmo, assim, velho, numa sala de aula com outros adultos, mas éramos todos crianças. Entende? Enfim... Algo aconteceu e tudo começou a ficar branco. As pessoas foram sumindo até que tudo realmente ficasse branco, como a prisão do mundo de THX1138. Então eu me levantei da cadeira e segui rumo ao branco, procurando por alguém para não ficar sozinho. Eu deveria me sentir sufocado com todo aquele branco e solidão, mas não. Eu só queria seguir em frente, mesmo sem vontade nenhum de não fazer nada a não ser contemplar o branco, o vazio.
Vi alguém, me aproximei. Era minha mãe. Bom isso. Ela raramente aparece nos meus sonhos. Como Freud explicaria isso? E Woody Allen? Enfim... Minha mãe me disse algo que não me lembro o que era - não me lembro muito das coisas que as pessoas me dizem, principalmente em sonhos - e então virou-se de costas para mim. Não conseguia mais ver seu rosto. Para qualquer posição que me virava, ela sempre estava de costas. Avistei meu irmão e me aproximei. Ele não me deu ouvidos e também ficou de costas. O ar, tão branco, começou a pesar. Caminhei e encontrei meu pai. Ele me deu alguns sermões, como sempre faz e então, adivinhem? Ficou de costas para mim. Depois foi a garota que eu gostava, alguns amigos... Quando percebi, estava numa festa em que todos sempre estavam de costas para mim. Conversavam entre si e até comigo, mas nunca de frente, como se não se importassem muito em me ver para falar comigo.
Comecei a me sentir mal e a procurar por uma porta. Achei um enorme espelho e me olhei nele. Qual foi minha surpresa ao perceber que minha imagem estava de costas para mim, como na contra-capa do disco "Sabotage" do Black Sabbath. Eu estava de costas para eu mesmo. Acordei.

* esse fragmento de um sonho é velho, bem velho, mas alguns deles minha memória reluta em jogar no esquecimento.

postado por The Oz às 02:21