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The Oz:

Um sonhador lúcido por natureza, eu caminho pelas ruas em constante devaneio. Olho a vida ao meu redor com os olhos de Will Eisner e a sensibilidade das histórias de Neil Gaiman. Alguém já me disse que sou o último dos românticos. De alma transparente, de coração ingênuo, calado e meio ermitão, talvez um dia eu me torne uma daquelas figuras mitológicas que dizem andar pelas ruas das cidades cinzas, mas que ninguém nunca viu. No fundo sou só um cara normal, com Orkut e amigos pseudo-malucos. Nada demais. No fundo, somos todos normais, mesmo com a esquisitice em moda.



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Echo

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

E agora algo completamente diferente!

Ozinho caminhava tranqüilamente por aqueles enormes e espaçosos corredores de tons claros. Tudo era muito limpo e arrumado. E haviam algumas portas, muito bem decoradas, sempre com alguém a sorrir constantemente para quem passasse por elas. Ozinho caminhava, perdido entre toda aquela beleza, sem perceber muito as pessoas à sua volta, que também caminhava por ali empolgadas, eufóricas e calmas ao mesmo tempo, como se estivessem dopadas.
O que o intrigou foram aqueles homens de terno para todos os lados. Eles pareciam algum tipo de polícia, ou algo para manter o controle e achou estranho, porque tudo ali parecia tão calmo. Aquela musiquinha... Ah, sim. Havia uma musiquinha de fundo, calma, tranqüila, e Ozinho começou a ouvi-la com mais atenção, quando algo nela lhe tirou da paz em que estava. Podia ouvir ao fundo, quase imperceptível, uma voz dizendo "Compre! Compre mais e seja feliz!"
Aquilo o despertou de um socego para qual ele não conseguiu mais voltar. Nesse mesmo instante, seu pais o aproximavam de um estranho velho barrigudo vestindo roupas vermelhas e com uma enorme barba. O colocaram no seu colo. Mas Ozinho já não era mais o mesmo.
- Olá, menino! O que você vai pedir para seus pais esse ano?
- Você não me engana, Papai Noel! Eu sei o que vocês estão tramando!
E pulou do colo do velho, correndo em disparada pelos corredores assépticos.
Mas foi barrado por dois daqueles caras de terno. Enfiou-se então por uns daqueles corredores mais estreitos por onde vinham as pessoas sorridentes e meteu-se num labirinto de corredores obscuros. Chegou então a uma sala que o deixou ainda mais apreensivo. Vários Papais Noéis estavam em volta de uma mesa onde uma espécie de mapa estava estendido e nas paredes haviam vários painéis eletrônicos.
- Está tudo como nos conformes, Noel-1. Logo logo nosso plano estará em total operação.
- Controlaremos todas as pessoas e então seremos donos de tudo! Hahahaha.
- Ei! Olha ali!
E viraram-se para Ozinho.
- Peguem aquele menino! - gritou Noel-1.
E um bando de papais noéis correram em direção ao garoto. Ele teria conseguido fugir, não fossem os homens de terno atrás dele. Quando se deu por conta, todos estavam em cima dele e percebeu que um dos papais noéis o catou pelos pés e o enfiou num saco. Tudo ficou escuro.
Foi aí que eu acordei.

Tá, eu admito que criticar o consumo é coisa de pobre! =P

:]

postado por The Oz às 11:05