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The Oz:

Um sonhador lúcido por natureza, eu caminho pelas ruas em constante devaneio. Olho a vida ao meu redor com os olhos de Will Eisner e a sensibilidade das histórias de Neil Gaiman. Alguém já me disse que sou o último dos românticos. De alma transparente, de coração ingênuo, calado e meio ermitão, talvez um dia eu me torne uma daquelas figuras mitológicas que dizem andar pelas ruas das cidades cinzas, mas que ninguém nunca viu. No fundo sou só um cara normal, com Orkut e amigos pseudo-malucos. Nada demais. No fundo, somos todos normais, mesmo com a esquisitice em moda.


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Echo

sábado, 14 de junho de 2008

Sonhos de Oz - Fragmento No. 1.138

De repente, seu Mundo ficou vazio e tudo que havia era o fundo e as paredes interiores da caixa de papelão. Não deixou de notar o gato branco em pé à sua frente, com as mãos para trás e uma engraçada cartola de gato (por um momento, quis pensar o que era uma "cartola de gato", mas desistiu da idéia).
- Ainda aqui? - perguntou o gato.
- O que... Cadê meu mundo mágico e fantástico? - retrucou o menino.
- Sei lá. Se é seu, porque pergunta pra mim? - respondeu o gato.
- Achei que você soubesse... Tava bom com ele aqui. Sabe, parecia que eu tava sozinho, mas num tava...
- Sei... Uma coisa esquisita para alguém com sua idade, não acha?
- Minha idade? Eu sou uma criança! - bradou o pequenino.
- Não, não é. - disse o gato, ríspido.
- Não?
- Não. E acho que não encontrará seu mundo de novo a menos que entenda isso.
- Hein?
- Ele está lá por um motivo. E não é pra sua diversão, Oz. Não mais.
- E pra que é? - perguntou o menino de pijamas.
- Você sabe. - disse o gato, rindo, abrindo a caixa e derretendo.
A luz entrou e eu acordei. Me levantei com aquele peso característico de quando sabemos que será um dia daqueles...

postado por The Oz às 02:09 |

sábado, 7 de junho de 2008

De dentro da caixa

O garoto deixou a Grande Sala de Criação, caminhou pelo Salão de Memórias e desceu as escadas das ilusões. Passou por milhares de seres imaginários que pareciam não se importar com o fato do garoto estar usando pijamas. O Arlequim abriu-lhe as infinitas portas do Palácio e então o menino pôs meio corpo para fora para observar. Abriu uma das tampas da caixa de papelão e olhou em volta. O quarto continuava empoeirado, mal-cheiroso e abandonado. Pela janela viu pequenas gotículas de chuva baterem contra o vidro. Silêncio e caos. Tudo continuava igual. Voltou para dentro da caixa. Acenou para o Arlequim, caminhou de volta para sua sala, pôs os anjos e demônios para cantar e continuou seu trabalho.

postado por The Oz às 11:40 |